Nós recomendamos: Baalbek - Porto Alegre, RS

No mês de novembro o movimento foi baixo aqui no blog, tivemos apenas duas postagens (o que não significa que a produção na cozinha tenha parado, fizemos alguns pratos bons no período), mas foi por um bom motivo: nossas férias. E foi durante nosso merecido tempo de descanso que visitamos o restaurante indicado neste post, um excelente rodízio de comida árabe na capital gaúcha, o Baalbek.

A Cissa, que já conhecia o restaurante, havia comentado sobre ele assim que começamos a planejar nossa viagem. Eu, que tenho a comida árabe entre as minhas favoritas, fiquei com água na boca só de ouvi-la falando sobre os pratos servidos por lá. Fui com uma expectativa muito grande e saí com elas completamente superadas, surpreendido pela qualidade (e quantidade) da comida – superior à maioria dos locais que conheço em São Paulo e por um preço muito mais em conta.

Para começar, o garçom trouxe o tabule e o queijo chancliche, seguidos por um pacote de pão árabe e as pastas – babaganuche, homus, coalhada seca e quibe cru – todas deliciosas e muito bem feitas.  O que veio depois foi uma sequência de iguarias árabes maravilhosas, que chegaram à mesa numa velocidade muito maior do que nossa capacidade de comer, quase não havia mais espaço para tanta comida (a foto no início do post comprova isso). Foram esfirras de queijo, dois tipos de arroz, charutinhos de repolho e de folha de uva, espetinhos de cordeiro, berinjela gratinada e outros pratos.

Dentre tantas opções, a que mais me chamou a atenção foi sem dúvida a berinjela gratinada. Cortada em fatias finíssimas misturadas à carne moída muito bem temperada, coberta com queijo ralado e acompanhada de uma pasta de alho. Excelente!

No final, estávamos tão cheios que pulamos a sobremesa e partimos para o café – chá, no caso da Cissa. Aí veio mais uma agradável surpresa: ao invés do tradicional espresso servido em quase todos os restaurantes, no Baalbek o café é servido em um pequeno bule e preparado ao estilo árabe – com o pó misturado diretamente na água que levada para ferver.

Saímos de lá mais do que satisfeitos depois de comer tanto. Eu me senti como um sultão com tanta fartura à mesa.

Para quem não estiver disposto a comer tanto, eles oferecem a opção de escolher 4 pratos do cardápio. No entanto para quem estiver apenas de passagem por Porto Alegre, eu acho que vale a pena ir e pedir o rodízio, pois assim terá a chance de experimentar todos os pratos do restaurante.

Restaurante Árabe Baalbek: Rua Dr. Timóteo, 272, Porto Alegre-RS. Aberto de terça a domingo para almoço e janta.

Risoto na panela de pressão

Muitas vezes ficamos tão acostumados com o preparo de um prato que quando somos apresentados a uma maneira diferente, ficamos um pouco desconfiados, ainda mais quando se trata de um tão tradicional como o risoto. Foi assim que me senti ao ver esta receita de risoto na panela de pressão, com aquele ar de dúvida: “Será que isso fica bom?”. No fim, a curiosidade falou mais alto e eu e a Cissa resolvemos experimentar. Compramos todos os ingredientes e fomos para a cozinha.

O resultado foi extremamente positivo. Se não soubéssemos como o prato foi preparado, dificilmente diríamos que não se tratava de um risoto feito da maneira tradicional. Além do sabor, a receita também nos surpreendeu pela praticidade. Este modo de preparo é mais rápido e simples – não é necessário ficar ao lado do fogão mexendo o arroz o tempo todo e completando com o caldo.

A leveza desse risoto combinou muito bem com o polpetone.

RECEITA

2 xícaras de arroz arbóreo

1 litro de água
1 cebola
3 folhas de louro
3 cravos-da-índia
1 cenoura
1 talo de salsão
2 colheres (sopa) de azeite
½ xícara de vinho branco
Sal a gosto
Pimenta-do-reino moída a gosto

1 xícara de ervilhas congeladas
½ xícara de queijo parmesão ou grana ralado
2 colheres (sopa) de manteiga

20 folhas de hortelã 

Corte a cebola ao meio sem descascar. Retire a casca de uma das metades e pique fino. Sem cortar as extremidades, retire a casca da outra metade e espete os cravos-da-índia, prendendo as folhas de louros na cebola. Lave, descasque e corte a cenoura em 3 partes. Lave também o talo de salsão, mantendo as folhas, e corte em 2 partes. Na panela de pressão, aqueça o azeite em fogo baixo, junte a cebola picada e tempere com sal e pimenta-do-reino. Mexa sempre.

Quando a cebola murchar e ficar transparente, acrescente o arroz e misture bem. Regue com o vinho branco e mexa até secar. Junte a água, a cenoura, o salsão, a cebola cravejada e tempere novamente com sal e pimenta-do-reino. Tampe a panela e aumente o fogo para alto. Assim que começar a sair vapor pela válvula, conte 3 minutos e desligue imediatamente. Com um garfo, levante a válvula para retirar a pressão. Leve uma panelinha com 1 xícara de água ao fogo alto.

Assim que o vapor sair completamente, abra a tampa. Coloque a ervilha congelada e volte a panela ao fogo alto. Mexa vigorosamente e, caso o risoto comece a secar, acrescente um pouco de água fervente e continue mexendo. Quando o arroz estiver al dente, desligue o fogo e acrescente a manteiga, o queijo ralado e a metade das folhas de hortelã. Misture bem e está pronto para servir. Decore com o resto das folhas de hortelã picadas.

Polpetone

Os programas de culinária na TV são uma das principais inspirações para mim e para a Cissa na hora de escolhermos nossas receitas. Sempre que vemos algo que nos agrada muito, ficamos imaginando nosso almoço de domingo com aquele prato. Alguns nós fazemos logo e postamos aqui; outros vão para a fila de espera até que tenhamos uma oportunidade de cozinha-lo, como foi o caso do polpetone.

Quando assistimos ao programa que mostrou a receita, a Cissa ficou empolgada com o prato, mas como não ficamos em São Paulo nos domingos seguintes, deixamos para outra oportunidade. Tão logo surgiu a chance, fomos para a cozinha preparar o prato que nos deu bastante trabalho, mas que ficou muito gostoso.

Como sempre, nós modificamos uma ou outra coisinha em relação à receita original para ficar mais ao nosso gosto, mas sem comprometer o resultado.

RECEITA

500g de carne moída
3 fatias de pão de forma

200ml de leite
1/2 cebola roxa picada
4 ovos
50g de parmesão ralado
Pimenta dedo-de-moça picada a gosto
Salsa picada a gosto
Sal e pimenta do reino a gosto
2 colheres (sopa) de cream cheese
300g de queijo de cabra ralado

100g de farinha de trigo
200g de panko (tipo japonês de farinha de rosca) ou farinha de pão
Azeite a gosto

Molhe as fatias de pão de forma no leite. Misture o pão com a carne moída e acrescente a cebola roxa, 1 ovo, o queijo ralado, a pimenta dedo-de-moça, a salsa, o sal e a pimenta do reino. Misture tudo até ficar homogêneo. Reserve.

Misture o cream cheese e o queijo de cabra. Abra a carne sobre um PVC e recheie com os queijos. Feche o PVC em forma de pastel e guarde na geladeira durante uma hora.

Em um recipiente bata os ovos restantes para empanar. Após retirar os polpetones da geladeira, passe-os na farinha de trigo, no ovo e empane com panko ou farinha de pão. Frite dos dois lados e coloque no forno a 180ºC durante 10 minutos.

Sirva coberto com molho de tomate caseiro.

Esta receita deu bastante trabalho e demorou bastante para ficar pronta, mas valeu a pena pelo resultado final. Para acompanhar, fizemos um risoto na panela de pressão e bebemos um belo vinho Bordeaux.

Aula de corte

Já fazia um tempo que eu e a Cissa estávamos buscando aprimorar nossas habilidades na cozinha. Mais do que aprender recitas novas, nós queríamos principalmente saber mais sobre as técnicas dos variados tipos de cortes dos ingredientes. Como os cursos que pesquisamos eram caros, optamos por uma solução caseira: meu irmão.

Foi ideia da Cissa de pedir para que meu irmão nos ensina-se as técnicas de corte – afinal ele é formado em gastronomia – e eu achei muito boa. Conversamos e ficou tudo acertado: nós compraríamos os ingredientes e pagaríamos pela aula; ele nos ensinaria e prepararia um prato para o jantar ao final. No fim saiu bom para ambos os lados, já que saiu bem mais em conta para nós (em relação ao que pagaríamos em uma escola em São Paulo) e meu irmão ganhou um dinheiro extra.

A aula foi bem proveitosa. Nós aprendemos diversos tipos de cortes para legumes, batatas e cebolas, além de aprendermos como picar finamente ervas como salsinha, manjericão, etc, o que será de muita ajuda na hora em que formos preparar nossas receitas de domingo. No final, tivemos a oportunidade de saborear o ótimo prato que ilustra o post; uma receita indiana com frango, bem condimentado, picante e muito saboroso.

Pelo dinheiro que economizamos, pelo aprendizado que tivemos e pelo jantar que saboreamos, acredito que a aula valeu muito a pena.

Frango ao molho de uvas

A maioria dos textos postados por aqui é de receitas que encontramos por aí, seja em livros, internet ou programas de televisão, mas sempre com nosso toque pessoal que deixa o prato mais ao nosso agrado. Outras são frutos da nossa vontade de inovar e experimentar coisas novas, muitas vezes inspirados pelos ingredientes que temos disponíveis. Este foi o caso da receita apresentada neste post, o Frango ao molho de uvas.

Eu fiz este molho em um domingo que cozinhei apenas para mim, já que a Cissa estava prestando um concurso no dia. Como não queria algo muito complicado e nem pretendia sair de casa para comprar os ingredientes, fui para a cozinha verificar o que eu tinha disponível para aquele dia. Com o filé de frango, os temperos, a cebola, o alho e as uvas compradas no dia anterior, tudo estava pronto para começar a preparar meu almoço. O resultado foi bem melhor que eu esperava, apurar o molho na mesma frigideira onde fritei o frango deu um gosto muito bom.

RECEITA

1 filé de frango

Alecrim

Azeite

2 dentes de alho

Sal

Pimenta do reino

20 uvas verdes sem sementes

½ cebola picada

Manjericão

Tempere o frango com 1 dente de alho espremido, sal, pimenta do reino, alecrim e um pouco de azeite. Reserve.

Em um processador, bata as uvas cortadas ao meio, um dente de alho, a cebola e algumas folhinhas de manjericão até ficar homogêneo. Tempere com sal e pimenta. Reserve. Se preferir um molho menos espesso e sem as cascas da uva, peneire antes de reservar.

Em uma frigideira, frite o frango com um pouco de azeite. Quando estiver bem frito, retire o filé, despeje o molho na frigideira e deixe apurar por cerca de 5 minutos, mexendo um pouco para o molho pegar o tempero da carne. Jogue o molho sobre o filé de frango e é só servir.